terça-feira, 21 de julho de 2009

Sociedade dos Poetas Mortos!

Ela era belíssima, conforme os padrões esboçados pelos pais.
Quais são os pais que não reduzem estes padrões?!
Sua pele alva reluzia a complexidade da união das cores.
Ouviu um dia, um tal disco de newton, que provava a relação entre sua cor e a luz.
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Mas continuava achando que Newton era uma banda!
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Acordava cedo, levava o cão para passear nas redondezas, e depois voltava ao café.
Um dia, quase queimou a mão por ter esquecido uma colher dentro do bule com água fervente.
às 11 almoçava, e logo após, banho.
à tarde escola.
Estudava em uma escola pública perto da sua casa.
Isso possibilidava uma rápida passagem na mesma antes da natação(às terças e quintas).
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Nos dias que não havia natação, começou a aprender piano.
Partitura é chato, dizia ela.
Então partiu para a parte dura!
Ao invés de aprender piano.
resolveu,
aprender a ler!!!!
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Ganhou dezenas de livros.
De autores renomados
aos mais chichês..
Romances
ficcção
suspense
filosofia
astronomia
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e ela já não passeava mais com o cão.
o cão era um amigo confesso...eles agora caminhavam juntos.
o café despertava curiosidades.
ao fato de que, colocar o pó café na água fervente, possibilitava uma melhor extração e um melhor sabor!
Já olhava as estrelas..
Já decorava versos, filósofos, filólogos,....(...).
Já sabia explicar as diferenças entre ebulição, evaporação, calefação e menstruação!
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No almoço sempre estavam presentes, com ela, os melhores escritores.
Tudo em um ritual que parecia ser ELA a figura mais importante dos livros.
A escola, ah sim!!
a escola era seu lazer..
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Era uma moça e seu namorado?!
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Não! Era uma moça e seus livros.
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Como um transeunte, ela viajava.
Por continentes
planetas
galáxias
até chegar
aqui!
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E, ao encontrar o escritor dos livros da sua vida.
Entregou-se totalmente como um caderno de folhas lisas!
E então, esse gentil rapaz a escreveu.
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E os três(livros, ela e ele) foram felizes para sempre.
Pois,
o que se escreve
nunca se apaga!!!!

Um comentário:

  1. Lembrei de Sofia.

    Nada nunca se apaga. Nem o que se escreve, nem o que se lê, nem o que se diz, e nem que se ouve. :)

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