quinta-feira, 23 de julho de 2009

Capítulo 2 - O meu amor!

- Juro que nunca vi mulher como você!
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- Pare com isso José. Já está alto. É o vinho que fala por você neste momento.
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- Não, não Sophia. Posso estar ébrio, mas não o bastante para esquecer-me da beleza. Não estaria de outra maneira senão cego por tua luz.
- Posso estar enganado sobre a quantidade de vinho, mas não sobre a quantidade de afeto! Beija-me...
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- Beijar-te? José, quem é você senão aquele garoto peralta que ficava na rua. Como posso esquecer das vezes que jogaste bola ou cartas ao lado de meus irmãos. Como posso aceitar-te como meu amor se não aceito-te como meu amigo?
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- Se tens dificuldade em me imaginar, me esqueça e me reinvente. Pense que é a primeira vez que me vê. E, desde então, assuma-me como teu!
- Esqueça as pequenas falhas de nossa idade tenra. Esqueça os meu caprichos e gritos de jogador. Seja minha!
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- Ser tua? Que condições tem de ter algo se não tens a si mesmo?! Me assusta o teu pedido. Refaça-o à uma garrafa no supermercado mas não à mim. Não sou tua nem de ninguém. Sou minha!
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- Desculpa-me o jeito febril Sophia. É que há tempos admiro tua amplitude insana. E não teria outra oportunidade senão hoje, aqui!. Perdoa-me meu jeito juvenil, mas no alto dos meus 18 anos não conheço outra maneira de agir senão falar-te. Posso até confundir meus passos, mas não confundo meu coração. Amo-te como a abelha ama o mel, como a formiga ama as estações do ano.
- Posso confundir as horas mas não meus sentidos!
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Se não te confundes, José, Passou a confundir-te hoje. Sabe o que é Amar? Sabe o que é Amor!?
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- Posso não saber o que é o Amor, mas sei que, sem você, eu nunca saberei o que é o amor.
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Silêncio.
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- Suas palavras soam como a de um galanteador. Mas, que garantia tenho eu de que és um galanteador e não um enganador?
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- A garantia de que se eu beijar-te hoje, nunca mais sentirei outro gosto senão dos teus lábios.
- A garantia de que se olho para o lado, é porque me inflama te olhar diretamente.
- A garantia de que com minhas mãos te mapearei para que, à noite, no calar da solidão, eu não te esqueça ao fechar os olhos.
- A garantia de que se não me és a perfeição sublime do resnascimento, és a própria causa dos mecenas.
- A garantia de que se hoje sou teu, serei teu em todo o sempre.
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- Sim, deixarei enamorar-me por você!

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