sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu era um lobisomen Juvenil!

Mulher airosa dos longos e belos cabelos negros!
Faça-me senhor do teu coração.
Moçoila dos olhos fortes e estrídulos!
Transforme minha quimera em realidade.
Durma meu sono, pequena moça.
E descubra nele, quem ocupa todo o meu sonho.
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Se estou febril, nada me inflama senão a saudade do seu toque.
Se estou triste, nada me alegra senão o som do seu silêncio.
Se me vejo distante, nada me aproxima senão o cantar de sua boca.
Se me faço pequeno, nada me torna gigante senão a sua companhia.
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A carne, o verso, a rima e poesia.
Tudo é necessário para te conquistar.
Tal qual Ulisses e sua odisséia, cato cada canto do meu quarto à procura dos seus restos!
E se não o tenho, macilento meu rosto deseja tua luz.
E se não te encontro, ébrio saio a vagar às periferias!
E se então, em meus braços te carrego, repito Perséfone e Hades, como o Bem e o Mal, como o Belo e o Feio!
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Assustadoramente, meus olhos são os seus.
Em mim não me encontro quando contigo não estou!
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Agora, cada pedaço do meu, pormenorizado corpo, remonta uma história nossa.
Que serão infinitas para que a chance de dar certo seja muito maior que a chance de naufragar.
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E mesmo assim, se no porvir nosso ardor se apagar.
Carrego comigo Prometeu e roubo-lhe o fogo.
E o fogo será nosso.
Assim como
toda a imensidão!

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