O problema KARNAL!
Dei o título ao moço, pois soa sonoro...né? aqui não há
nenhum desejo de discorrer de forma positiva a obra FILOSÓFICA desse...
o que aqui me traz?
escrevo aqui no limite do que sei, sem usar conjecturações,
opiniões ou teorias, sobre a toxidade POSITIVA...
em meados da década retrasada/passada dois eventos
literários ocorreram em massa: o livro O SEGREDO/2006 (âmbito mundial) e o
filme O VENDEDOR DE SONHOS/2016 (âmbito nacional).
em que estas duas obras coadunam?
na facilitação do entendimento ontológico e epistemológico
ao mistura de ciência e fé, algo que quase pouco fora explorado (a ciência nao
explica deus...deus não explica a ciência, mas em escala quântica podemos
começar uma discussão sobre outro dentro de outro...como uma alma)
pois bem...o que seria essa facilitação?
ambas obras (assim como uma imensidão de outras) navegam
numa milimétrica profundidade de hermenêutica e têm como solutiva as dicotomias
rasas ao chegar sempre em conclusões obtusas. Um exemplo? vejamos pois:
- Não é mais possível fazer uma carreira baseada na
repetição, e sim na inovação”. Karnal, site [inova.unicamp.br/2019/03/mercado-de-trabalho-e-tema-de-palestra-do-prof-leandro-karnal-na-unicamp/]
e acessado em 22/09/2023
- “É impossível ser feliz sem espiritualidade”. Ana Beatriz,
vídeo [youtube.com/watch?v=eQ-YsbW1i_k]
O primeiro resume a carreira empregatícia à dicotomia repetição
x inovação e a segunda postula uma premissa básica para ser feliz.
O que os dois têm em comum. A ZERO análise empírica, ou
estudo de campo, e à totalidade da informação egóica...embebedada de achismo e
de humanocentrismo (sendo o emissor o centro).
Não encontrei pesquisa alguma que demonstre, ao menos, a uma
tendência probabilística para as falas (alguém duvida que Drauzio é triste? Pois
bem, ele é ateu e parece feliz). Inclusive as evidências mostram que a fala do
karnal é uma ANTÍTESE. Inovação inclui alta carga horária, alto rendimento dos
empregados e mantenimento dos salários...Marx disse EXATAMENTE O CONTRÁRIO de
Karnal.
Tudo bem, minha frase entre parênteses refuta a tese da Ana
Beatriz facilmente e Marx da um cascudo em Karnal. Podia, por exemplo, abusar
ainda mais citando Sam Harris que usa o seguinte aforismo: “Não acreditar em
Deus é um atalho para a felicidade” Entrevista no site : [veja.abril.com.br/ciencia/nao-acreditar-em-deus-e-um-atalho-para-a-felicidade]
Pois bem...neste texto não há nenhum interesse em discutir Deus
(o qual eu tenho a mínima ideia de como ou o que foi, é ou será) ou discutir a
fé (que é idiossincrático ao ser e a mim não cabe falar por outro).
Estou aqui para falar da ALEGRIA DOS DICOTÔMICOS.
O que é isso?
Em minha opinião, e agora sim grito opinião, reduzir assuntos
complexos a dois caminhos traz ao leitor ou ouvinte uma alegria de ar. Alegria
imediata e de ar.
Vejamos.
Tá definido por karnal a questão empregatícia. É inovação. E
não é fala retirada de contexto. Esqueça a economia global, esqueça a politica dos
blocos, esqueça a guerra entre ucrania x russia, esqueça a áfrica...porra,
ESQUEÇA!
É só inovar...inove enquanto eles dormem. Muito fácil, né!?
Já Ana Beatriz nos ajuda com a questão felicidade. Escafandre
na espiritualidade, contamine-se com a narrativa/oratória de um messias e, voilà.
E enquanto não conseguir é porque te falta fé, irmão (mesmo que não saibamos o
que é espiritualidade ou felicidade)
Olha o risco absurdo que duas pessoas com voz nacional expõem
a sociedade. Não obstante eu realmente ache alguns problemas modernos extremamente
simples de resolver, por exemplo, relação pessoal: Deixe o egoísmo e a disputa,
todos, sem exceção...por pareto essa relação tá resolvida ou o IPVA: ninguém precisa
pagar IPVA é só não pagar – citação livre choque de cultura, há grande problema
na ALEGRIA DOS DICOTÔMICOS. Eles não entregam, NUNCA, uma solução sustentável.
Eles pegam uma barragem cheia a ponto de estourar e a empurra, milímetro à milímetro,
a cada vez que o nível aumenta. Façamos paralelo entre o nível as situações da
vida.
Barragem rompe e pessoas morrem por isso.
Eu postulo que essa geração terá um índice de auto morte inimaginável
e aqui eu cito, metaforicamente, a excelentíssima Ana Quintana:
“É impressionante como todos adquirem uma verdadeira “antena”
captadora quando se aproximam da morte e experimentam o sofrimento de finitude.
Sabem tudo o que realmente importa nessa vida com uma lucidez incrível”; Livro
A morte é um dia que vale a pena viver.
Vejamos: é a geração que mais acha saber. Portando mais acha
viver. O que elas não sabem é que estão matando uma espécie...e nada importa
morrer...porque quando há juventude o entendimento é que somos imortais...mas
não sabemos que esse sentimento é finitíssimo.
A geração da ALEGRIA DICOTÔMICA está começando a nos
matar...
A geração da ALEGRIA DICOTÔMICA está pronta pra matar todas
em troca de uma curtida e de sua monetização.
Pra monja farei um texto único!
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