segunda-feira, 1 de maio de 2023

A gaia ciência

 O belo é como o zelo

desenho a vila e o castelo

pra servir de lar

e no dia que voce chegar

haverá um grande evento

o teu nome rompera o silencio

por sete dias da semana

andaremos pelos campos

construindo nosso próprio mundo

e depois de descansar

criaremos um universo

que é seu

e daremos forma às estrelas

que terão o mesmo brilho 

que você carrega no sorriso

e ao criar nossos irmãos

usarei o seu indulto

como forma de afruto

e seremos para sempre

Ariadne e Teseu...

e um enorme fio

como frutos do futuro

a semente que alimenta

o caminho pro alvorecer

A palo seco!

Em 1849 o dinamarquês Kierkegaard escreveu sua  obra talvez mais conhecida cujo nome escolhido fora: "O desespero Humano"

Esse belo moço nasceu na capital Copenhague no dia 05/05/1813 e morreu em novembro de 1855...

Nominado como o primeiro filósofo existencialista, embora sua linha seja totalmente cristã, o filósofo passeia pelos capítulos, tal qual um elefante pisando em uma plantação de morango, nos p com aforismos diversos mostrando o quão desesperador é viver!!!!

Logo no início da obra duas frases me chamam atenção:

Ele invoca que "a vontade de sermos nós mesmos" e "a vontade de sermos nós próprios" nos acarreta uma doença mortal que ele denomina de desespero...

Doença mortal porque, bem longe dele se morrer, ou de que esse mal acabe com a morte física, a sua tortura, ao contrário, está em não se poder morrer...Nietzsche pega carona e complementa que a sorte do morto é nunca mais morrer...

Nós não temos medo das coisas...nós temos desespero:

Quem bebeu muito da fonte do dinamarquês foi o senhor Belchior...

"Se você vier me perguntar por onde andei

no tempo que você sonhava

de olhos abertos, lhe direi:

Amigo eu me desesperava!"

O que deixa nossa "FALA SECA" não é o medo...é o desespero...e o pior, o duplo desespero, pois nos vemos desesperados, mas não sabemos o quanto!

Bom seria só quebrar os espelhos, né?!

Não creio que Deus nos abandonou...penso que nós nunca tentamos o entender e, por isso, por desenhar um Deus a nossa imagem e semelhança Ele já não nos reconhece mais...

Xenófanes disse uma vez que "se os animais soubessem desenhar, os deuses seriam tais quais eles próprios"

****A palo seco é o nome de um poema do senhor João Cabral de Melo Neto