segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Antigamente

Os carros davam bom dia,
Citava-se Shakespeare para conquistar as moças,
Beijavam as mãos ao conhecer,
Sorriam ao ver o sol,
Sonhava-se ao ver a lua,
O Céu era a promessa,
As estrelas formavam desenhos,
As nuvens disputavam corridas,
As noites eram esperadas,
Os dias eram nas praias,
O respeito vinha de família,
Ouvia-se Chico Buarque, Led, Raul, Elis, Hermeto,
O Brasil era tri,
Manivela,
Trem,
Rádio,
Preto e Branco,
Branco e Preto,
Músicas,
Teatro,
Som,
Semana da Arte Moderna,
Datas,
Livros,
E (...)
Uma imensa vontade de chegar onde estamos.
E agora? Uma imensa vontade de voltar ao que éramos!
Mas, Por quê?
Pois apesar de todo esse avanço tecnológico, nós só avançamos no quesito científico.
As relações pessoais não evoluíram, e sim, involuíram.
Então, viva a involução do Ser Humano.
Viva a espécie que mata e morre sem ter sentido.
Viva a espécie mais jovem a habitar a terra.
Viva! Viva!

Os Répteis não têm um cérebro desenvolvido, mas, sua Era durou anos e anos, e, pensando bem, só acabou por circunstâncias que não dependiam deles.

E Então Darwin, me explique onde iremos chegar!!!!!!

Um comentário:

  1. Seu texto me fez lembrar de um trecho de "O Grande Ditador", de Charles Chaplin...

    "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… Levantou no mundo as muralhas do ódio… E tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."

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