A vida,
Esse jogo de perdas e ganhos
Essa alma com tantos enganos
És cada dia escassa em mim.
A vida,
Que de tanto crescer pequeno ficou o
quarto
E envolto ao seu rastro
De tanto ter eu me fiz sofrer.
À vida,
De mim não saia depressa
Tal qual encenar uma peça
Veja meu teatro ascender.
A vida,
E sua lei do eterno retorno
E sua lei do eterno desgosto
Por que em mim não consigo ater?
À vida
Não consigo um dia o descanso
Não sigo o seu próprio engodo
És a mim que devais temer.
Há vida
em cada canto do meu sorriso
que mesmo torto, triste e conciso
Eu temo e entendo ter.
Havia
Muita felicidade em mim
E se um dia fui feliz, assim...
Já esqueci como fazer.
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